sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Super

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Super (Super, 2010)

Estreia oficial: 01 de abril de 2011
Estreia no Brasil: sem data prevista 

IMDb

 

Este "Super", dirigido por James Gunn, é muito semelhante a "Kick-Ass - Quebrando Tudo" (também de 2010). A temática é quase a mesma: uma pessoa 'normal', que acaba tornando-se um super-herói.

Aqui é Frank (Rainn Wilson), um cara meio tapado, que resolve vestir uma malha justa, transformando-se em Crimson Bolt, depois que sua esposa Sarah (Liv Tyler) abandona-o para ficar com Jacques (Kevin Bacon). Não possuindo nenhum talento especial, Frank recorre à ajuda de Libby (Ellen Page), uma vendedora de comic books, que acaba se tornando sua "garota prodígio", Boltie.

Porém, o que fazia o diferencial em "
Kick-Ass", seu cinismo colossal, é exatamente o que falta neste "Super", e transforma-o em um comédia 'comum' sem muitas risadas. Para completar, seu visual de filmes-B não contribui em nada para a história em si.

Rainn Wilson (mais conhecido como o Dwight da série "The Office") dá o tom certo de loser a Frank, porém, à medida que Crimson Bolt vai ganhando mais tempo em cena, e transformando-se, praticamente, em um assassino lunático, Wilson não consegue conferir a tridimensionalidade necessária ao personagem, caindo no estereótipo. O destaque fica mesmo com Ellen Page, que, nos menores detalhes, como olhares, sorrisos e pequenos gestos, consegue transmitir toda loucura de sua personagem.

O problema maior do longa é que seu roteiro se leva a sério demais, e nunca encontra o tom certo, já que transita aos 'trancos e barrancos' entre o humor escatológico e o drama. Talvez se tivesse apostado mais na ironia e não no grotesco, como o faz "
Kick-Ass", teria se saído melhor.


por Melissa Lipinski 



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