sexta-feira, 28 de maio de 2010

Sex and the City 2

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Sex and the City 2 (Sex and the City 2, 2010)

Estreia Oficial: 27 de maio de 2010
Estreia no Brasil: 28 de maio de 2010
IMDb




Esse segundo filme de Carrie Bradshaw & cia. é melhor do que seu antecessor. Não que a história seja um primor ou que o roteiro não tenha falhas, mas, pelo menos aqui, alguma coisa da série original parece ter retornado. Os diálogos são rápidos, com tiradas inteligentes, e as personagens voltaram à sua velha forma - não são mais aquelas caricaturas do primeiro filme.

Não que elas não sejam caricaturais, pois, desde o início da série televisiva, cada uma delas possuía um estereótipo. Porém, nunca foram só isso. Por trás de cada característica que as rotulava, sempre deixavam transparecer um algo mais... e é bom vê-las assim novamente.

O roteiro, como falei, só se sustenta graças aos diálogos rápidos e rasteiros. E, mesmo que a história perca um pouco de ritmo no seu terço final, você é levado por ela. Claro que o 'desfile' das moças com figurinos lindos, mas estravagantes, te chamam para fora do filme pelo non-sense da situação... mas daí você lembra: oras, afinal isso é "Sex and the City" - quatro novaiorquinas lindas e bem-sucedidas desfrutando dos melhores prazers da vida, sem, é claro, deixar de se vestir bem (ou com as marcas mais caras) nem descer do salto... E assim, mesmo que com um pouco de exagero, o filme se faz coerente com a série.

Claro que todas elas estão bem - afinal sentem-se muito à vontade com suas personagens tão familiares, mas é Kim Cattrall (Samantha) quem sempre se destaca, e suas cenas são, sem dúvida, as melhores do longa.

Há até um momento tocante protagonizado por Cynthia Nixon (Miranda) e Kristin Davis (Charlotte), quando desabafam sobre suas experiências como mães de família e a falta que sentem da vida que tinham anteriormente...

Diante deste filme (e espera-se que seja o último já que tem um ar de encerramento) pode-se dizer que, agora sim, o quarteto de amigas novaiorquinas tem um final à altura da série original.



por Melissa Lipinski
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Obviamente eu já havia assistido ao primeiro filme, mas nunca cheguei a assistir à série. Mesmo assim, gostei bastante do primeiro filme e também gostei deste segundo.

Com um humor mais refinado e diálogos mais afiados e rápidos.

Gostei da atuação geral do filme, com destaque para Samantha (Kim Cattrall) que rouba a cena todas as vezes em que aparece.


por Oscar R. Júnior


quarta-feira, 26 de maio de 2010

Fúria de Titãs

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Fúria de Titãs (Clash of the Titans, 2010)

Estreia Oficial: 26 de março de 2010
Estreia no Brasil: 21 de maio de 2010
IMDb
 


Refilmagem do filme homônimo de 1981, "Fúria de Titãs" não diz ao que veio. Nem seus efeitos em 3D justificam essa refilmagem, já que esses são bem fraquinhos...

Com um roteiro simplista e repleto de furos, os personagens são mal construídos e superficiais, e os diálogos sofríveis. E, se as cenas de ação são bem realizadas, não são suficientes para salvar o longa.

Nem mesmo os atores de renome parecem ajudar. Liam Neeson (que atualmente só faz porcaria) cria um Zeus caricato, que só perde no quesito para o Hades de Ralph Fiennes, que parece ainda estar interpretando o Voldemort da saga "Harry Potter", só que envolto numa fumacinha preta que faz rir a cada aparição sua... é bom deixar claro que essa não era a intenção a que se propunha.

Fora o Perseu de Sam Worthington, que passa de pescador a herói imbatível num piscar de olhos... Ora, nem mesmo um semi-deus criado como um homem comum vira indestrutível de uma hora para a outra! Essa eu não engulo! Sem contar a cena final... risível!

Com uma trilha musical que ajuda um pouco no andar da carruagem, "Fúria de Titãs" não faz juz ao seu filme original. Não que ele fosse uma maravilha... mas certamente mora na lembrança de quem, como eu, cresceu nos anos 80. E, com certeza, era bem mais corajoso, pois numa época pós-Star Wars, aventurou-se em stop motion para criar seus monstros... Já essa versão de 2010 (por mais bem feitos que sejam seus monstros criados pela computação gráfica) não consegue agradar. Será que certos produtores de Hollywood ainda não aprenderam que apenas efeitos especiais e cenas de ação não garantem um bom filme? Que queremos ver personagens bem construídos e uma história que nos envolva e nos emocione de alguma maneira?

Enfim, enquanto aguardo por minhas respostas, prefiro relembrar de quando assistia à versão antiga na 'Sessão da Tarde'...


por Melissa Lipinski
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Bom, pra começo de tudo, eu não assisti à versão de 1981 do filme.

E, quanto ao filme, gostei do desenvolvimento das personagens. Curti os Deuses. Gostei dos gráficos até a metade do filme.

A partir daí, eu realmente não gostei tanto do gráfico do Kraken, ficou muito 'Godzila'. Sei lá. Mas o que realmente me incomodou muito, mas muito mesmo, foi quando Zeus dá um "presente" pro filho. Ao invés de trazer de volta à vida a família dele ou algo do tipo. Não. Pra que isso?!? Ele traz à vida uma mulher pela qual Perseu havia se apaixonado... Cena totalmente desnecessária.

Por hora é isso.


por Oscar R. Júnior


quarta-feira, 19 de maio de 2010

Antes Que o Mundo Acabe

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Antes Que o Mundo Acabe (2009)

Estreia Oficial | no Brasil: 14 de maio de 2010
IMDb



"Antes Que o Mundo Acabe" é um filme leve, despretensioso e envolvente. Você começa a assistir e é levado por aquela história descomprometida, sem se importar muito com sua forma e conteúdo.

E isso se deve principalmente à química entre os protagonistas. Os três personagens principais - Daniel (Pedro Tergolina), Mim (Bianca Menti) e Lucas (Eduardo Cardoso) - chamam a atenção e a trama que os envolve lembra em muito (e deve ser baseada em) "Jules e Jim", de François Truffaut - embora não com a mesma força que o longa francês, é claro.

Mas, quem chama mesmo a atenção é a narradora da história, a irmã mais nova de Daniel - a pequena Maria Clara, interpretada pela novata Caroline Guedes. Parecendo mais uma experiente atriz, é ela quem rouba a cena e acaba lembrando, em seu jeito, a então pequenina Abigail Breslin em "Pequena Miss Sunshine".

Na verdade, o que mais me incomodou no filme foi o forte sotaque gaúcho do elenco. E a mixagem de som - sempre parece que as vozes dos atores vem de um lugar extra-diegético, e não da cena onde eles aparecem.

O roteiro tem falhas sim, tem recursos bastante usados e soluções óbvias para certos conflitos, mas, como falei antes, isso acaba passando batido, já que o carisma dos persoangens cativa. E acabamos envolvidos por aquele mundo adolescente, cheio de descobertas, conflitos, mudanças de humor, onde qualquer coração partido parece ser a pior dor de todas e aquele amor do colégio parece ser para sempre...


por Melissa Lipinski
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A proposta do filme é muito interessante, achei o roteiro bem fechado, sem problemas na sua estrutura. Gostei também do uso de atores menos conhecidos (ou conhecidos somente no Rio Grande do Sul).

A diretora Ana Luiza Azevedo já dirigiu alguns curtas como "Dona Cristina Perdeu a Memória" (assista aqui), e co-dirigiu com Jorge Furtado o "Barbosa" (assista aqui). Esses dois já assisti e gostei muito.

Gostei dos aspectos técnicos, quase todos. A fotografia, a montagem, os gráficos estão bem legais, ajudam a história. Já a dublagem... nem tanto. Na verdade o problema não foi a dublagem, que estava bem sincronizada, o problema mesmo foi a mixagem, que dai mesmo com a voz em sincronia com a boca do ator, a mesma soava estranho, limpa demais. Isso me afastava do filme.

E outra questão que me afastava do filme foi o sotaque. Não tenho nada contra os gaúchos, mas o sotaque gaúcho generalizado sempre me incomoda.

No mais quero fazer uma ressalva para a personagem mirim Maria Clara (Caroline Guedes) que interpreta a irmã mais nova do personagem principal, e que rouba a cena todas as vezes em que aparece em cena, incrível.


por Oscar R. Júnior


sexta-feira, 7 de maio de 2010

A Estrada

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.


Estrada, A (The Road, 2009)

Estreia Oficial: 02 de dezembro de 2009
Estreia no Brasil: 23 de abril de 2010
IMDb



“A Estrada” não é um filme fácil... Tem uma temática bastante interessante e densa e um ritmo mais lento, o que já o torna mais difícil para alguns. Mas também se torna difícil de assisti-lo depois de certo tempo, devido a um protagonista aborrecido, que chega a cansar o espectador.

Viggo Mortensen, que é um ator que venho admirando desde “O Senhor dos Anéis”, mas principalmente por seu trabalho em “Senhores do Crime”, está excelente. Ele realmente se entrega aos personagens que faz, e aqui, como o Homem, o vemos magérrimo, sôfrego, debilitado, valente, e com uma ternura impressionante em relação ao seu filho. Realmente ele é o nome do filme.

Bom, pra quem não sabe nada sobre esse filme, a história é basicamente sobre um pai (Mortensen) e seu filho (Kodi Smit-McPhee) tentando sobreviver em um mundo pós-apocalipse, onde a natureza foi completamente destruída e restam alguns poucos seres humanos vagando pelo mundo. Para piorar o que já era ruim, vários humanos tornaram-se canibais na sua luta pela sobrevivência.

Como falei, é Mortensen quem leva o filme nas costas, um homem que tenta ensinar ao filho que, mesmo frente a toda destruição, não se deve deixar sua humanidade de lado. E o amor que ele nutre pelo filho é comovente, e mostrado com delicadeza pelo diretor John Hillcoat logo num dos primeiros planos do filme. Nunca achei que conseguisse ver um pai colocando a arma na cabeça de um filho para matá-lo como um ato de amor... Viggo Mortensen consegue isso...

A participação de Charlize Theron também é muito boa. Mas é a pequena ponta de Robert Duvall (que está irreconhecível) que vale a pena. Numa cena tocante e forte ele mostra todo o seu talento.

Outro ponto positivo é a composição arte-fotografia. Trabalhando com uma paleta de cores dessaturada, já que toda a cor do mundo morreu junto com a natureza, o que se vê são paisagens repletas de árvores cinza, num mundo cinza, contra um céu cinza... ou seja, cinza!

A trilha sonora é muito bem construída, num misto de barulhos da natureza morte, músicas muito bem colocadas e períodos de silêncio angustiantes.

O roteiro também vale menção, já que trata de assuntos bastante delicados de uma forma suave. Como manter a sua dignidade, sua força, sua humanidade, em um mundo onde a grande maioria daqueles homens que sobreviveram perderam esses traços? Como criar um filho neste ambiente inóspito? Será que tudo isso vale a pena? Não seria melhor (ou mais fácil) também passar a viver como os demais, como canibal ou simplesmente acabar logo com o sofrimento e se matar? São questões que não só o Homem tenta passar para o seu filho, mas o filme tenta nos alertar.

E já que falei sobre o Filho, está aí o grande problema do filme. O personagem de Smit-McPhee surge como um garoto que já viu toda e qualquer brutalidade e sofrimento que se possa imaginar, visto que já nasceu num mundo arrasado, mas mesmo assim – e é o que eu não consigo entender – age como se tudo aquilo ainda o apavorasse. Alguns podem falar – “mas ele é só uma criança”. Sim, mas a realidade está aí, mostrando-nos que crianças quando enfrentam esse nível de estresse e barbaridades, amadurecem mais rápido. Então como ele, que desde que nasceu vê tudo aquilo, porta-se de maneira infantilizada (já que tem 9 anos, e não 5!) como acontece ao longo de todo o filme? Chega a ser irritante a maneira como grita a toda situação mais estressante que passa ao lado de seu pai. Realmente pra mim, é o que torna o filme mais fraco.

Claro que não poderia esquecer de mencionar um dos pontos que mais gostei: nunca é dito o porquê do mundo estar naquela situação de destruição. O que nos leva a pensar: até onde a humanidade foi capaz de chegar... ou ainda chegará...


por Melissa Lipinski
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Filme catástrofe. O mundo está destruído, o caos reina. O Pai (Viggo Mortensen) numa magreza incrível. Uma participação do Robert Duvall muito boa também.

Gostei do fato de não ficarem explicando o que ocorreu exatamente com o planeta. Não precisa para a história. O mundo tá um caos e pronto. Sobreviva a isso.

Agora o que foi complicado foi o garoto (Kodi Smit-McPhee) que sempre viveu nesse mundo, devido a sua pouca idade, e não ter a mínima chance de sobreviver nesse mundo. Muito dependente do pai, sem instinto de sobrevivência que seria inerente a pessoas que sempre viveram nesse caos.

E quanto ao final achei meio fraco. Aqueles que a gente olha e pensa: porque não apareceram antes então? Esperaram ficar mais perto do fim do filme pra segurar a galera no cinema?

Fico por aqui.


por Oscar R. Júnior


quinta-feira, 6 de maio de 2010

Alice no Pais das Maravilhas

-->ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland, 2010)

Estreia Oficial: 03 de março de 2010
Estreia no Brasil: 23 de abril de 2010
IMDb



“Alice no País das Maravilhas”, de Tim Burton, tai um filme que eu esperei muito para ver. Adoro o livro de Lewis Carroll. Adoro Tim Burton (eu REALMENTE ADORO o Tim Burton). Então, já viu, né? Estava realmente ansiosa. E talvez por isso, saí meio decepcionada da sala do cinema...

O filme não é ruim... Longe disso... Mas não chega perto de estar entre os 5 melhores filmes desse diretor tão competente. Acho que esperava ver mais ‘Tim Burton’ na produção... Mas enfim, vamos ao filme em si.

Na verdade, o roteiro de Linda Woolverton, não é uma adaptação do livro homônimo de Carroll, mas uma mistura com sua outra obra “Alice Através do Espelho”. E acho que está aí um dos grandes erros do filme. Por que se basear no fato de Alice estar voltando ao dito ‘País das Maravilhas’? O que isso acrescenta à história? Já que a própria Alice não sabe – ou não lembra – de nada, porque não fazê-la descobrir esse mundo novo junto com o público pela primeira vez, sem ter os personagens dizendo-lhe a todo o momento: “Você é A Alice”... Confesso que isso me irritou um pouco.

Outro ponto fraco do roteiro é o personagem do Chapeleiro Maluco (Johnny Depp). Não o personagem em si, mas o tempo que ele ocupa em tela. Explico. Parece que, para justificar a escalação de Depp para o papel, aumentaram de forma exagerada o ‘tamanho’ do seu personagem, e há cenas em que sua presença não se justifica, o que faz o roteiro ficar enrolado, e perder o ritmo. Afinal de contas, na obra original, o Chapeleiro era apenas mais um dos ótimos personagens que Alice encontra pelo seu caminho, e não o principal personagem, como mostra o filme.

A Direção de Arte da produção é rica em detalhes e combina muito bem momentos mais darks com aqueles de alvura excessiva (como no castelo da Rainha Branca). Mas também não é algo que salte aos olhos... é competente, mas não deslumbrante (como outros filmes de Burton: “Edward Mão de Tesoura”, “Peixe Grande”, “A Fantástica Fábrica de Chocolates”, só pra citar alguns). Há personagens bastante interessantes do ponto de vista estético, como a própria Rainha Branca (com seus gestos excessivamente angelicais), ou a Rainha Vermelha (com sua cabeça descomunal), ou ainda o exército de cartas. Mas há também aqueles que lembram em muito os bichinhos bonitinhos vistos na animação feita pela Disney em 1951, como o coelho branco e a lagarta azul, o que não chega a ser algo ruim... mas acho que (de novo) esperava algo mais no design dessas criaturas, afinal em um filme de Tim Burton não se espera ver algo ‘bonitinho’, mas sim várias coisas bizarras... e, exceção feita ao gato (que gostei bastante, com seu sorriso inesquecível), os demais animais são fofinhos demais...

E já que falei em personagens, devo dizer que a atuação de Depp é, para mim, a maior decepção do filme, já que ele surge caricato ao extremo. O que para ele talvez não fosse um problema, e Jack Sparrow, de “Piratas do caribe” é seu melhor exemplo, já que o ator consegue compor um personagem caricato mas que carrega toda uma bagagem emocional por trás. Já aqui, a única coisa que Depp consegue fazer é gritar nos acessos de raiva do Chapeleiro Maluco, e fazer caretas (ajudadas pelos efeitos visuais) com seus olhos esbugalhados que mudam de cor. E, se Anne Hathaway chama a atenção apenas por seu gestual forçadamente etéreo, o que é engraçadinho; é Helena Bonham Carter e sua Rainha Vermelha quem rouba o filme. A sua personagem é, sem sombra de dúvida, a mais complexa e interessante vista em cena, já que seus atos de maldade soam decorrentes de complexos de infância, e não simplesmente por a Rainha ser má e pronto. Sem contar que os detalhes dos cenários que envolvem o seu palácio são os melhores da produção. Em compensação, a Alice de Mia Wasikowska, é uma das heroínas mais sem sal que já vi: ela vai do começo ao fim do filme com a mesma expressão, repetindo a todo o momento que tudo o que está vendo é apenas um sonho, o que chega a ser irritante...

Longe de ser o grande filme que o estúdio Disney vinha anunciando, o filme só não é um desastre total graças a alguns talentos, mas principalmente ao seu visual, que surge bem mais interessante que a maioria dos personagens que vemos em cena... ainda bem que temos uma vilã para salvar o filme!


por Melissa Lipinski
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Alice no Pais das Maravilhas. A junção do Tim Burton com a Disney Pictures. Como um filme da Disney ele tem obviamente temática infantil. Mas até demais da conta. Muito bobinho.

Como um filme do Tim Burton a Direção de Arte é incrível. E também conta com a atuação do Johnny Depp e Helena Bonhan Carter. Até ai tudo bem, mas achei que vários personagens são rasos. A personagem principal por exemplo, Alice (Mia Wasikowska) não tem profundidade. Achei mal construída e mal interpretada, assim como o Chapeleiro Maluco (Johnny Depp) e a Rainha de Copas (Helena Bonham Carter); personagens mal construidos e que a boa interpretação não conseguiu me cativar.

Os personagens que estavam a altura foram o Valete (Crispin Glover) e o Gato (Stephen Fry). Personagens com profundidade, com hesitações. Personagens bons.

Bem, e complementando a arte alguns elementos são claramente baseados na versão do filme de 1951 (IMdB).

Por enquanto é isso.


por Oscar R. Júnior