domingo, 28 de agosto de 2011

Alien, o Oitavo Passageiro

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Alien, o Oitavo Passageiro (Alien, 1979)

Estreia oficial: 25 de maio de 1979
Estrei no Brasil: 13 de agosto de 1979
IMDb



"Alien, o Oitavo Passageiro", dirigido por Ridley Scott, marcou época. Se quando foi lançado provocou medo e tensão aos espectadores, ainda hoje gera as mesmas sensações (por mais que alguns digam que seus efeitos especiais são mal feitos para os padrões atuais), mantendo o público grudado na cadeira do começo ao fim, provando que bons filmes são aqueles atemporais, que não envelhecem.

O filme de Scott une um futuro da era intergaláctica (que estava em alta pelo estrondoso sucesso de "Star Wars", de 1977) com ficção científica de mosntros. A estrutura narrativa segue o conceito de indivíduos enclausurados que vão sendo eliminados um a um, sem ter para onde fugir, até porque aqui, eles encontram-se numa nave espacial, a Nostromo.

A tensão que Scott consegue colocar em suas cenas deve-se, em parte, à excelente fotografia, repleta de sombras, que aumenta o desconforto ao deixar partes não reveladas dos cenários; e ao incômodo silêncio que permeia suas cenas, criando apreensão e angústia em quem o assiste. Dizem que o elenco não sabia exatemente o que ia acontecer quando o Alien aparece pela primeira vez, saltando de dentro da barriga de Kane (John Hurt), para que o diretor pudesse captar realmente o susto, medo e nojo que os protagonistas realmente estariam sentido ao ver o monstro.

Aliás, boa parte do sucesso do longa deve-se ao seu competente elenco, que tem desde o já citado John Hurt, além de Ian Holm como Ash, e Sigourney Weaver como Ellen Ripley, personagem que a alavancou ao estrelato e marcou sua carreira.

Ripley, por sinal, é a primeira verdadeira heroína da história do Cinema. Forte e determinada, a personagem encara o monstrengo com pavor, sem dúvida, mas com dinamismo e coragem. Diz 'a lenda' que, no confronto final com o Alien, a ideia inicial era que ela aparecesse nua, para ressaltar toda a fragilidade humana frente à força e superioridade do alienígena, porém a 20th Century Fox, não querendo uma maior censura, exigiu que a personagem vestisse ao menos a calcinha e camiseta brancas com as quais aparece.

Mas o que mais fez sucesso na época (e, na minha opinião, até hoje é memorável) são os ótimos efeitos especiais (que, inclusive, levaram o Oscar). Do layout da nave cargueiro até a composição do Alien, tudo é feito com perfeição. O alienígena consegue mesclar um aspecto sombrio e terrível aliado a uma certa graciosidade (seus movimentos foram inspirados nos de uma bailarina).

Enfim, mais do que um marco de ficção científica, "Alien, o Oitavo Passageiro" é obrigatório para todos aqueles que gostam de Cinema.

Fica a dica!


por Melissa Lipinski



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