terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A Jovem Rainha Victoria

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Jovem Rainha Victoria, A (The Young Victoria, 2009)

Estreia Original: 5 de fevereiro de 2009
Estreia no Brasil: sem data prevista
IMDb



Todos os anos, um filme de época ganha um destaque maior, e sempre acaba tendo algumas indicações nas principais premiações (seja de atuação ou no quesito arte e afins). "A Jovem Rainha Victoria" é a bola da vez. E, como a esmagadora maioria dos filmes "de rainha", sua narrativa é clássica. Não que o filme seja ruim. Não é. Mas sempre temos a impressão de que já vimos algo parecido (e realmente vimos).

Mas o roteiro ajuda. Uma história leve, sem muitos rodeios (algo que geralmente me irrita em filmes de monarquia) e que faz com que torçamos por aquela que viria a se tornar uma das maiores rainhas (se não a maior) da Inglaterra. A história passa rapidamente pela infância da Rainha Victoria, e enfoca o período que antecede a sua coroação e o início de seu reinado.

A personagem principal é interessantíssima. O governo da Rainha Victoria, como já mencionei, foi um dos períodos mais importantes da história da Inglaterra, sendo conhecido como Era Vitoriana. Além de ser o reinado mais longo da história, durou 64 anos. Foi nessa época que a Inglaterra tornou-se o maior Império do mundo; foi também quando ocorreu a Revolução Industrial. No seu governo, a política tornou-se mais liberal, com grandes campanhas contra a escravidão, reformas políticas e ampliação do direito de voto. Foi também uma época de grande desenvolvimento cultural no país. A Rainha Victoria foi uma das pouquíssimas monarcas conhecidas por se casar por amor; e foi em seu reinado que o povo inglês ficou conhecido pela sua pontualidade, tamanha era a sua preocupação com isso.

História e curiosidades à parte, o fato é que Victoria foi uma mulher forte e determinada, que merecia ganhar um filme-biografia. O filme não inova, mas também não decepciona.

Emily Blunt está muito bem, e carrega com propriedade o peso de ter que levar o filme nas costas, já que está presente na maioria das cenas. E a direção de arte faz um trabalho impecável na recriação de época, com um figurino deslumbrante.

Claro que este filme deve conter a dita "liberdade criativa" e ter fatos que não aconteceram exatamente como são mostrados... Um que sei, por exemplo, é que o Príncipe Albert nunca levou um tiro para salvar a vida da Rainha - houve sim uma tentativa de assassinato, mas a arma travou e não disparou um tiro sequer... Mas enfim, mudanças na História para torná-la mais dramática ou com maior apelo cinematográfico sempre acontecerão.

Enfim, um filme correto, que te leva do começo ao fim, sem cansaços, e uma ótima atuação... Vale a pena.


por Melissa Lipinski
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Filme de época inglês definitivamente não é a minha área. Ainda não há um que me chame a atenção. Mas vamos lá.

Um ótimo aspecto do filme é que mesmo se você não souber situar históricamente o filmevocê vai entender o filme. Mesmo sem ter as referências dos reinados que precederam ou dos que vieram depois.

A fotografia do filme colabora no sentimento de filme de época, com seus tons puxando pra um sépia típico nesse tipo de filme.

A história de amor é bem contada e bem retratado também a confusão mental que deve ser ter tanta gente dando conselhos e direções para a rainha.

A Princessa Victoria (Emily Blunt) está muito bem no papel, mas o Rei William (Jim Broadbent) está fenomenal no filme. Destaque também para os momentos de ira do Sir John Conroy (Mark Strong) para com a futura rainha, são ótimos.

Fico por aqui.


por Oscar R. Júnior


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