sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Embarque Imediato

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Embarque Imediato (2009)

Estreia Oficial: 11 de dezembro de 2009
IMDb



Não há muito o que falar desse filme: roteiro ruim, personagens caricatos ao extremo, atuações estereotipadas... a lista é longa!

A razão da meia estrela? O corpão de Marília Pêra, que do alto de seus 66 anos, ainda desbanca muita gente. Aliás, é da interação de atriz com a sua irmã (na tela e na vida real) que saem as únicas tiradas boas do filme (e olha que são poucas... dá pra contar nos dedos de uma só mão... e ainda sobra dedo!).

O roteiro tem mais furos que um queijo suíço... Se os roteiristas quiseram deixar para o público o "exercício da imaginação", não o souberam fazer, pois as lacunas são tantas que não há como supor o complemento da história.

Como já falei, as atuações são muito estereotipadas (sim, todas!). E o nome do personagem de José Wilker é só um dos exemplos que poderia citar: Fulano da Silva! O romance entre Marília Pêra e Jonathan Haagensen é infundado e soa forçado ao extremo. E nem a parte "cômica" do filme é engraçada... parece mais uma chanchada, e daquelas mal feitas!

E quanto à edição, não que atrapalhe a história (acho que não dava pra estragar mais...), mas telas divididas e sobreposições são usadas de maneira injustificadas. O que mais irrita são os efeitos sonoros colocados toda vez que a tela é dividida em duas ou quando há uma transição com algum efeito... parecendo aqueles usados em desenhos animados. Se o filme não quisesse se levar tão a sério, talvez até tivesse ficado engraçado; mas aqui, ficou intolerável.

Ah! Sem falar do mau gosto do pôster (se não reparou, dê uma olhada melhor ali em cima).

Enfim, passem longe, fujam, não percam o seu precioso tempo!

por Melissa Lipinski
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Bem, infelizmente é este filme que abre como primeiro filme nacional que estamos falando, mas é que foi o mais próximo visto no fim de 2009.

Acho que tudo começa por um bom roteiro, uma boa história para se contar. Que, na minha opinião, não há em "Embarque Imediato". A premissa é interessante: do garoto que quer ir para os Estados Unidos a qualquer custo e tem uma mulher do aeroporto que não deixa isso acontecer por traumas que ela tem.

Após a premissa percebemos que as personagens são muito, mas muito, superficiais. Não sabemos qual a motivação do Wagner (Jonathan Haagensen), porque ele quer tanto ir para o exterior. Obviamente entendemos a questão de se tentar levar uma vida melhor lá e tudo mais, mas e a mulher que ele fala pela internet, quem é? É sua mulher ou namorada? Ou uma irmã? Mas daí porquê, na primeira tentativa, ele levava uma namorada junto pra lá?

E sobre a Justina (Marilia Pêra)? Não entendi a relação dela com a Gilda, que funciona como uma consciência distorcida dela. E não entendi qual a função dela no aeroporto direito. Ela manda em alguma coisa? Se manda porque ela faz o corpo a corpo com os passageiros e funcionários no dia a dia?

O Fulano (José Wilker) mais parece que é o mesmo de uma novela em que era dono de uma escola de samba (não lembro o nome da novela agora).

As piadas em maioria são fracas, e as melhores estão no tempo errado.

O que gostei: Só da Marilia Pera, exibindo um corpo enxuto aos 66 anos.


por Oscar R. Júnior


P.S. Acho que vou reassistir “O Cheiro do Ralo” ou “O Invasor” ou “Abril Despedaçado”, pra poder comentar um filme nacional muito bom.


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