quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A Valsa do Imperador

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Valsa do Imperador, A (The Emperor Waltz, 1948)

Estreia oficial: 30 de abril de 1948 
IMDb



"A Valsa do Imperador", escrito por Billy Wilder e Charles Brackett, acompanha Virgil Smith (Bing Crosby), um vendedor estadunidense, e seu fiel companheiro vira-latas Buttons, em sua jornada para conseguir vender um fonógrafo para o imperador austríaco Franz Joseph (Richard Haydn). Neste ínterim, eles vão conhecer a condessa Johanna von Stolzenberg-Stolzenberg (Joan Fontaine) e sua cadela Scheherazade, e, claro, ambos se apaixonarão por suas 'iguais'.

Neste seu primeiro filme colorido, Billy Wilder mais uma vez varia o gênero de seus filmes, dirigindo um musical repleto de romance e humor. E, se a história pode parecer 'bobinha' (e realmente o é), o cineasta consegue transformá-la em um entretenimento leve e divertido, além de muito bonito visualmente.

Mas claro que, tratando-se de Wilder, o humor visto aqui é inteligente e garante a qualidade do longa. Aliado a isso, o enorme talento e a ótima voz de Bing Crosby, fazendo o que sabia fazer melhor: cantando e sendo ele mesmo, garantindo naturalidade até nas mais forçadas das situações.

Joan Fontaine é o contraponto ideal para Crosby, com seu altivo e sério. E, se inicilamente ela aparenta uma mulher fria e que se acha superior, aos poucos vai 'se derretendo' pelo charme do vendedor yankee; e Fontaine é hábeil em demonstrar, com sutileza, as mudanças (previsíveis, é verdade), de sua personagem.

Ainda que os números musicais não sejam empolgantes e soem cansativos, o visual do filme, seja em suas locações 'imitando' os Alpes Austríacos ou nos grandiosos salões dos palácios do Imperador, encanta pela sua beleza e cor.

Certamente não é dos melhores filmes de Wilder, mas para quem gosta de musicais e daqueles romances antigos, inocentes mas que não menosprezam a nossa inteligência, é uma ótima pedida!


por Melissa Lipinski


   

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