domingo, 16 de outubro de 2011

De Volta para o Futuro

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

De Volta Para o Futuro (Back to the Future, 1985)

Estreia oficial: 3 de julho de 1985
Estreia no Brasil: 29 de dezembro de 1985
IMDb



"De Volta Para o Futuro" foi o filme da minha infância, nem sei quantas vezes o assisti. E, numa onda de ver (e rever) sagas e trilogias, nos deparamos com este clássico. Sempre há aqueles filmes que adoramos quando somos crianças, mas quando o revemos, já adultos, nos decepcionamos. Este, com certeza, não é um deles. Revisitá-lo depois de um bom tempo foi, digamos, revigorante. E não apenas reacendeu antigas lembranças e sensações, como confirmou, definitivamente, que esse é um grande filme de aventura.

Bom, a sinopse descarta (re)apresentações, não é mesmo? O roteiro escrito pelo próprio Robert Zemeckis (o diretor) e Bob Gale, é extremamente hábil em lidar com a fórmula circular que a viagem no tempo proporciona. E é recheado de pormenores, sutilezas, detalhes que você vai (re)descobrindo a cada nova assistida.

Como diz o próprio Gale nos extras do DVD, a ideia surgiu da curiosidade de que todos nós temos em saber como eram nossos pais na juventude. Será que eles realmente não faziam certas coisas, ou apenas dizem que não faziam? E acho que é essa curiosidade, que mexe com a maioria das pessoas, o que torna o longa produzido por Steven Spielberg tão bem sucedido. E assim Marty McFly acaba tornando-se uma espécie de 'alter ego' de cada espectador. Nós nos identificamos com ele, torcemos por ele, sofremos por ele… Enfim, fazemos nossas as suas angústias, nervosismo e aventuras.

E a as cenas de ação são extremamente bem conduzidas por Zemeckis. Mas "De Volta Para o Futuro" não é só aventura, e acerta a mão também na sua dose de comédia, repleta de diálogos bem construídos e afiados.

Tecnicamente até hoje os efeitos são eficientes. A trilha musical também é um dos pontos altos, funcionando não só com a música-tema ("The Power of Love", de Huey Lewis) mas principalmente com a música incidental de Alan Silvestri, extremamente empolgante. Mas o encanto de "De Volta Para o Futuro" é mesmo seu design de produção, seja na concepção da máquina do tempo com o imortalizado DeLorean; seja na charmosa cidadezinha de Hill Valley. E, novamente aqui, afirmo que, a cada vez que reassisto ao filme, noto um detalhe a mais, uma sutileza da equipe de Arte. A pequena cidade é como se fosse mais um personagem do filme, tamanha a sua importância.

Mas certamente o filme não teria o mesmo charme se não fosse pela escolha de seu elenco. Michael J. Fox empresta a jovialidade certa e o carisma inegável ao jovem Marty McFly. Christopher Lloyd imortalizou e reinventou o conceito de cientista maluco com seu Emmett 'Doc' Brown. Thomas F. Wilson, como Biff, não poderia compor um vilão mais vil e rabugento. Lea Thompson acerta tanto na composição da ousada jovem Lorraine Banes, como na sua versão 30 anos mais velha, alcoólatra e desgostosa com o casamento. Mas é Crispin Glover que mais se destaca como George McFly, seja em sua versão de fracassado pai de família, ou de jovem nerd, ou ainda, ao final, de jovial escritor.

Enfim, "De Volta Para o Futuro" é daqueles filmes que não envelhecem. Para se assistir inúmeras vezes e, a cada um delas, se deliciar como se fosse a primeira vez, fazendo novas descobertas. Imperdível!

Fica a dica!


por Melissa Lipinski
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Filme de toda uma geração. Assisti muito esse filme quando criança e definitivamente é um filme que não me canso de assistir.

Neste primeiro filme da saga nós conhecemos as personagens e vamos criando um apego aos dois principais: Marty McFly e o Dr. Brow. Por mais científico que sejam alguns diálogos, os termos conseguem abranger um grande público. Mas vamos às áreas:

Fotografia e Arte. Bela composição. Recriando a cidade nos anos 1950 e depois retratando a mesma num estado mais degradado nos anos 1980. Muito bem feita.

Personagens e Elenco: A escolha foi excelente. Todos estão muito bem no filme. Além dois dois principais (Michael J. Fox e Christopher Lloyd) faço destaque para Crispin Glover, que interpreta o pai de Marty. Muito boas todas as cenas dele no filme.

O roteiro é muito bem escrito, desenvolvido e dirigido. Quem não gostaria de voltar no tempo e saber se alquelas histórias que nossos pais nos contam é totalmente verdade? Conhecer in loco a cultura e a realidade de 30 anos atrás. Junte a isto várias confusões da época de escola. Muito bom.

Recomento muito, muito, mas muito mesmo.


por Oscar R. Júnior


Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei muito da sua análise sobre o filme. Realmente esse filme é tudo que você disse e mais um pouco. Depois de adulto voltei a assistir alguns filmes que marcaram minha infância e me decepcionei com a grande maioria deles. Escolhi este filme pra inaugurar minha TV de 42''em grande estilo. E que estilo! Assisti junto com minha esposa e meus dois filhos de 11 e 8 anos. Fiquei um pouco receoso quanto aos pequenos, mas eles simplesmente amaram o filme e não sossegaram enquanto não vimos a parte II. Agora estão malucos para ver a parte III. Realmente foi um momento muito especial assistir esse filme com minha família. Momentos inesquecíveis, mesmo eu já tendo assistido várias vezes este filme...
Adriano Vieira