ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.
Velha de Trás, A (La Vieja de Atrás, 2011)
Estreia oficial: 20 de janeiro de 2011
IMDb
De um lado do corredor, o apartamento 9B, onde vive Rosa (Adriana Aizemberg), uma senhora que vive sozinha há tanto tempo que já se acostumou com a solidão e com a companhia apenas de seu pequeno canário e da televisão. Do outro lado do corredor, no apartamento 9A, vive Marcelo (Martín Piroyansky), um estudante de Medicina que veio de uma cidade do interior da Argentina para estudar na capital e tem que se desdobrar em três para conseguir levar seus estudos a diante.
Em seus diminutos mundos, invisíveis um para outro, eles seguem o rumo conformado de suas vidas até que um encontro casual e uma parada inesperada do antigo elevador do prédio, vai alterar a vida de ambos dali pra frente.
Este "La Vieja de Atrás", do diretor argentino Pablo José Meza, é um retrato desalentador da solidão que uma cidade grande pode infligir sobre seus habitantes. É a partir da solidão que cada um dos personagens sente (cada um a seu modo), que o encontro entre eles vai colocar a suas vidas em funcionamento (ainda que este dure apenas por um período).
Ainda que o tempo lento da narrativa e a fotografia com ares desbotado reforcem a solidão dos personagens, alguns diálogos e situações entre eles parecem forçados e prejudicam a história, dificultando um maior envolvimento do espectador.
Por fim, o grande destaque fica por conta da atuação de Aizemberg, que transforma Rosa em uma senhora capaz de gerar sentimentos tanto de raiva como de pena e empatia por parte do público.
por Melissa Lipinski
P.S.: Comentário escrito durante o FAM 2011.
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