quinta-feira, 17 de março de 2011

Casa Comigo?

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Casa Comigo? (Leap Year, 2010)

Estreia oficial: 8 de janeiro de 2010
Estreia no Brasil: 14 de julho de 2010
IMDb



Ok, vou tentar não dizer, mais uma vez, o quão clichês são as comédias românticas… O quão batidas são suas histórias… Mas enfim, não há como evitar.

Mas, de vez em quando, surge um filme do gênero que consegue surpreender. Consegue, por mais que utilize milhões de clichês ao longo de sua narrativa, ter um 'algo mais'. Uma coisa que te conquiste.

Neste, "Casa Comigo?", este 'ingrediente especial é, sem dúvida nenhuma, Amy Adams. Não só ela, mas também sua química com o ator inglês Matthew Goode.

Mas vou voltar um pouquinho…

A história é aquela velha de sempre do casal que não se suporta no início, e depois descobre que é apaixonado. Anna (Adams) é uma decoradora de imóveis à venda, que tem a sua vida toda planejada. Quando seu namorado, Jeremy (Adam Scott) não a pede em casamento, como ela esperava, e vai para um congresso em Dublin, ela parte em uma viagem atrás do rapaz para, ela mesma, pedi-lo em casamento. Como a viagem não sai exatamente como o imaginado, ela acaba pousando no País de Gales, quando consegue uma carona até Dublin com Declan (Goode). E é neste percurso, cheio de contratempos, que os dois irão se redescobrir e se apaixonar.

Não só a história é batida como todos os seus elementos. Fotografia, direção de arte… tudo mais burocrático possível. Há uma certa fixação do diretor Anand Tucker de fazer planos dos sapatos de Anna. Não entendi muito bem. Acho que os planos fechados servem somente para evidenciar que os chiquérrimos sapatos da personagem não condizem com as paisagens por onde ela acaba passando, e que culminam numa pisada 'na bosta' de vaca. Planos totalmente desnecessários, eu diria.

Mas, como falei, Amy Adams consegue emprestar simpatia e doçura para qualquer papel. Aqui não é diferente. E ela transforma sua Anna, apesar das manias e chatices iniciais, em uma personagem com a qual as espectadoras conseguem se identificar. Além do mais, Matthew Goode também é competente em transformar Declan no 'anti-herói' charmoso que encanta toda e qualquer mulher. Assim, a química entre os dois funciona, encanta e cativa o público.

Para coroar, as locações pelo interior do País de Gales e Irlanda são belíssimas. Simplesmente incríveis.

Enfim, uma dessas comédias românticas que você assiste apenas para passar o tempo e ver que a vida pode ser bela, pelo menos nas telas.


por Melissa Lipinski




Um comentário:

matheus roberto souza disse...

Sabe, é estranho. Eu evitei de assistir esse filme justamente por parecer óbvio demais, e por mais que ele realmente seja, existe um certo charme, um certo diferencial. Quando eu realmente vi, não sei se pela Amy Adams(apaixonante), mas aquela história me soou tão "simples". Simples no sentido de funcionar e ainda surpreender (mesmo que pouco). Gosto muito dos detalhes (a metáfora do incêndio, por exemplo).
Enfim, acho que a fotografia e as locações (realmente incríveis) me marcaram. Terminei o filme com vontade de viajar.