domingo, 6 de março de 2011

Burlesque

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Burlesque (Burlesque, 2010)

Estreia oficial: 24 de novembro de 2010
Estreia no Brasil: 11 de fevereiro de 2011
IMDb



Sei que o termo 'clichê' já está se tornando clichê aqui no blog, de tanto que uso. Mas não tenho culpa se as produções não têm mais originalidade hoje em dia… E clichê, mais uma vez, é a palavra certa para definir este "Burlesque".
A história é aquela velha conhecida: garota do interior que vai para a cidade grande para se tornar "alguém". Daí vêm os obstáculos, as dificuldades, e por fim, a realização do sonho, sem antes, claro, encontrar um grande amor. Christina Aguilera é Ali, a caipira que sai do Iowa para se tornar uma dançarina/cantora em Los Angeles. Ela acaba indo parar no Burlesque, um clube noturno comandado por Tess (Cher). Primeiro, a garota é contratada como garçonete, até conseguir sua grande chance de atuar nos palcos e mostrar seu grande talento.

Não que tudo seja ruim aqui. Com certeza alguns grupos musicais são muito bem realizados e coreografados, e com músicas contagiantes. Mas, em sua maioria, o filme não consegue ultrapassar o medíocre.

O roteiro é previsível. Talvez uma de suas únicas vantagens seja que a protagonista, apesar de ser do interior e sonhadora, não é uma tapada completa, ingênua até dizer chega e que cai no conto do vigário. Ali tem atitude, isso não se pode negar, e corre atrás de seus objetivos.

Porém nada é exatamente original. Esse novo exemplar de musical não traz nada que o diferencie de tantos outros do gênero. Sim, falei que alguns números musicais são bem realizados. Porém não passam de reciclagens ou releituras de tantos outros já vistos em filmes como "Cabaré" (1972), "Flashdance" (1983), "Moulin Rouge" (2001), "Chicago" (2001), e até no fraco "Nine" (2009). Aliás, algumas cenas de passagem (que são mostradas para incrementar o filme e mostrar a evolução da história) são risíveis de tão clichês (olha a palavra aí de novo!).

Os personagens também são o festival dos estereótipos. Tem a chefe durona mas legal. O seu ajudante gay e engraçado, que serve como a veia cômica da história. O empresário interesseiro e que promete mundos e fundos à heroína. O mocinho gentil e apaixonado. E, claro, a vilã - a concorrente número um da protagonista. Infelizmente, os atores não conseguem transformá-los em algo mais do que realmente são: caricaturas de personagens. E, por mais que Christina Aguilera e Cher sejam realmente talentosas em sua real profissão - como cantoras, infelizmente não se pode dizer o mesmo com relação à suas atuações, que realmente deixam a desejar. Os únicos momentos menos sofríveis ficam por conta do talentoso Stanley Tucci, que consegue trazer um pouco de graça e sensibilidade ao seu personagem, mas que também não opera milagres!

Com números musicais em excesso - e alguns simplesmente injustificados (como um número chatíssimo que só está presente para Cher cantar uma música 'solo'); uma fotografia também previsível (o contra-luz constante sobre os cabelos de Aguilera, que lhe dão uma aura iluminada, chega a irritar); e uma direção de arte bonita, é verdade, mas que, igualmente, não traz nada de novo; "Burlesque" é um filme totalmente dispensável.

Acho que mais vale procurar algumas músicas dessas duas excelentes cantoras para ouvir do que assistir a esse filme.


por Melissa Lipinski
-----------------------------


Já faz um tempo que não assistia a um musical. Preferia não tê-lo feito com esse "Burlesque". Ele tem umas músicas interessantes, mas tem algumas totalmente desnecessárias, incluindo a que a Cher canta sozinha.

A história do filme é muito boba e totalmente previsível. A menina do interior que vai para a cidade grande porque quer cantar. Quase como aquele filme "Lua de Cristal", com a Xuxa, hehe.

Com mais alguns clichês e o filme está lá.


por Oscar R. Júnior


 

Nenhum comentário: