Sonhos (Dreams, 1990)
Estreia oficial: 11 de maio de 1990
IMDb
Nada melhor para começar esta obra-prima de Akira Kurosawa do que a frase: "Eu tive um sonho assim". E é justamente assim que ela tem início. Kurosawa utiliza-se de sonhos para abordar temas que inquietam a natureza humana, principalmente no que tange à morte.
O filme é dividido em oito sonhos. Nos dois primeiros, a morte ronda a infância. No terceiro segmento, a morte ronda alguns alpinistas, e o limite entre razão e alucinação é abordado. Na quarta parte, a morte é encarada por um comandante do exército que tem que enfrentar a culpa de ter mandado todo seu pelotão para uma missão suicida.
O quinto episódio, e o meu favorito, é onde Kurosawa utiliza-se da metalinguagem sobre as telas de Van Gogh para, acima de tudo, lançar um outro olhar sobre as obras de arte. A fotografia e a direção de arte praticamente transformam cada cena nos próprios quadros do pintor holandês.
Nos sexto e sétimo capítulos desses sonhos, a morte advém da iminência de uma catástrofe atômica, ou já instaurada depois de uma hecatombe nuclear.
Já no último sonho de Kurosawa, a morte é tratada de forma delicada e simples, através de um emocionante relato de um senhor com mais de 100 anos. É com ele que Kurosawa finaliza seu discurso sobre como se viver harmonicamente com a natureza, respeitando-a e aos outros seres humanos.
O conjunto dos Sonhos de Kurosawa é uma declaração de revolta ao comportamento que o homem contemporâneo tem em relação à sua vida e ao do planeta em que vive. Feito há mais de 20 anos atrás, o filme continua mais atual do que nunca. Imperdível!
Fica a dica!
por Melissa Lipinski
Um comentário:
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