terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O Concerto

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

O Concerto (Le Concert, 2009)

Estreia Oficial: 04 de novembro de 2009
Estreia no Brasil: 24 de dezembro de 2010
IMDb



"O Concerto" é um filme apaixonante. Ele nos ganha 'pelos ouvidos' desde os seus primeiros momentos já que a sua trilha musical é extraordinária.

Mas o filme não é apenas 'o concerto' do título. É uma combinação muito bem balanceada de sátira social e política, farsa, comédia e drama pessoal. Desde o início o diretor romeno Radu Mihaileanu consegue fazer com que nos identifiquemos com as personagens e com a história, por mais que ela se passe na Rússia. Enfim, não vou entrar em detalhes do roteiro, mas ele é muito bem construído e, de forma delicada e engraçada, nos mostra como os russos são vistos pelos demais países da União Européia. E, se a princípio, parece que o diretor corrobora com essa visão preconceitosa dos ex-comunistas beberrões e mafiosos, com o decorrer do filme, vemos que ele utiliza-se da ironia para, na verdade, mostrar quão bonita e grandiosa é essa cultura eslava (que muitos, em decorrência de anos de preconceito por parte dos EUA, ainda a discriminam).

Infelizmente o longa não é perfeito, e o roteiro acaba 'desafinando algumas notas' (com o perdão do trocadilho), e se perde em algumas subtramas e em flashbacks desnecessários. Porém são pecadilhos frente à obra como um todo, que consegue, alavancada pelas ótimas atuações, ser encantadora.

E, se o filme não é perfeito, o mesmo não pode-se dizer do "Concerto para Violino e Orquestra", de Tchaikovsky, que embala a cena final (e a mais tocante) da produção. Perfeição é pouco para defini-la.

Fica a dica!


por Melissa Lipinski
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O filme é quase impecável. Gostei da história e do roteiro. Muito bem construídos.

Personagens e elenco muito bem colocados também, com destaques para a Anne-Marie Jacquet (Mélanie Laurent), e para a dupla Andrey (Aleksey Guskov) e Sasha (Dmitri Nazarov) que rendem excelentes momentos durante o filme.

Destaques também para a montagem. Muito boa as cenas quase catárticas do personagem principal regendo a orquestra. Ou pensando que está regendo. E as cenas mais pro final quando estão fazendo a apresentação em Paris.

Destaque negativo para o tiroteio no casamento. Totalmente desnecessária a cena. Quando menos se percebe rola tiro para todos os lados. Não é engraçada, não é forte, não é nada essa cena. Totalmente descartável.

Humm, o final é muito bom. Conseguiu me surpreender.

Recomendo.


por Oscar R. Júnior


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