quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Estão Todos Bem

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.


Estão Todos Bem (Everybody’s Fine, 2009)

Estreia oficial: 4 de dezembro de 2009
Estreia no Brasil: 12 de maio de 2010

IMDb



“Estão Todos Bem” conta a história de Frank Goode (Robert De Niro), que depois de ficar viúvo, parte numa viagem para conhecer melhor seus quatro filhos. E é justamente essa viagem de descobertas, encontros e desencontros que acompanhamos durante os 99 minutos do filme.

E o que Frank descobre com ou em cada um de seus filhos, não é nada que não tenhamos visto numa vida inteira assistindo a dramas hollywoodianos. Soa até previsível a história de cada um de seus rebentos...

E, se a analogia das linhas telefônicas com a falta de comunicação parece óbvia demais, o filme rende bons momentos devido às boas atuações de seu elenco. De Niro não é um excelente ator, nem está em um papel que favoreça o que sabe fazer melhor – seus tipos mafiosos ou policiais, mas dá conta do recado. Mas são os atores que interpretam seus filhos que se destacam, principalmente Sam Rockwell e Drew Barrymore.

“Estão Todos Bem” é uma refilmagem de “Estamos Todos Bem” (Stanno Tutti Bene), filme de 1990 dirigido por Giuseppe Tornatore, com Marcello Mastroianni no papel principal. Bom, não vi o filme original, mas tendo Mastroianni já é um bom sinal. Vou atrás dele...

Vale dizer que faz tempo que Hollywood recicla filmes de outras nacionalidades e os transforma, na grande maioria das vezes, em ‘dramalhões água-com-açúcar’... Claro que filmes originais também surgem a todo o momento... Mas será mesmo que todas essas refilmagens são realmente necessárias? Não seria melhor usar esses milhões de dólares para investir em produções originais? Ou dar chance a novos roteiristas, novos cineastas, trazendo sangue novo e reciclando histórias e formatos? São só coisas que fico pensando...


por Melissa Lipinski
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Comecei a assistir ao filme achando que o mesmo seria mais para comédia, mas já na apresentação percebemos que não vai ser esse o caminho. Frank Goode (Robert De Niro) tentava reunir os quatro filhos para um almoço juntos, mas no dia anterior todos desmarcaram. Assim, ficamos apreensivos com a carência e abandono que se encontra esse pai. Ele decide, então, viajar e visitar cada um nas cidades em que moram. O filme parte aí para um road movie. A história vai nos envolvendo com essa saga e vai deixando pistas que, no desfecho, revelam que o filme é muito bem construído.

A atuação do Robert De Niro está excelente, segura bem o filme todo. O restante do elenco está satisfatório sem nenhum destaque. 


por Oscar R. Júnior



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