domingo, 7 de março de 2010

Coração Louco

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ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Coração Louco (Crazy Heart, 2009)

Estreia Oficial: 16 de dezembro de 2009
Estreia no Brasil: 5 de março de 2010
IMDb



“Coração Louco” é um filme sobre música country, a boa música country, e a trilha musical do longa é muito boa mesmo. Confesso que não sou fã deste estilo musical, mas ao ouvir as músicas desta produção, deu vontade de ficar escutando por muito mais tempo depois desta ter terminado... E é quase certa a vitória da canção-tema, “The Weary Kind”, no Oscar deste ano.

Outro ponto positivo de “Coração Louco” são as atuações. Desde as pequenas participações de Colin Farrell e Robert Duvall, até a interpretação marcante de Jeff Bridges. Não há como negar que Bridges é o franco favorito ao Oscar, ele está impecável como o cantor em decadência Bad Blake. E, Farrell e Duvall, mesmo com o pouco tempo em cena, mostram todo o seu talento, fazendo pequenas participações crescerem dentro da história.

Porém, nem tudo são flores... Se as atuações masculinas são impecáveis, o mesmo não se pode dizer daquela de Maggie Gyllenhaal, e isso não por culpa da atriz (que em minha opinião é bastante talentosa, basta ver seu trabalho em “Secretária”, para citar apenas um exemplo), mas sim por causa do roteiro, que trata sua personagem, a repórter Jean, apenas como o interesse amoroso de Bad, tratando-a de forma unidimensional. O mesmo acontece com o filho de Jean, o garotinho Buddy (Jack Nation), que apenas entra em cena para cativar o decadente Bad, e o público conseqüentemente.

Dito isso, a história enfraquece toda vez que Bridges interage com Gyllenhaal e Nation, já que a interação entre os três, e o amor que o cantor parece nutrir por esta família, soam artificiais e acontecem rápido demais, apenas para justificar a futura recuperação do músico e o ‘happy end’ do filme. Em compensação, quando Bridges está no palco cantando, ou bebendo, ou ainda sofrendo por causa de suas bebedeiras, o filme cresce, já que qualquer falha no roteiro é eclipsada pelo brilhante trabalho do ator.

Enfim, é um filme com Jeff Bridges... e por isso já vale a pena, afinal ele sempre será “the Dude”!


por Melissa Lipinski
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Acho incrível que mesmo sendo um filme sobre um cantor de Country Music, e contar obviamente com músicas country estaduinidenses, adorei a trilha do filme. A melodia nos faz viajar junto com o Bad Blake (The Dude, ops, Jeff Bridges).

Jeff Bridges por sinal está ótimo vivendo esse cantor, já com idade mais avançada e que vive aos trancos e barrancos viajando pelo país fazendo pequenos shows.

Já a Maggie Gyllenhaal está bem no papel dela mas totalmente eclipsada por Bridges. A participação que mais valem são a do Colin Farrell, que mesmo sendo Irlandês chega a cantar num sotaque tipicamente country estadunidense. Está ótimo. E a participação de Robert Duvall está muito legal. Ele chega a cantarolar uma música.

No mais achei que o filme no seu terço final deu uma deslizada, contando com um final mais ou menos. Não chega a estragar o filme, mas não contribui para o mesmo.


por Oscar R. Júnior



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