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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Onde Vivem os Monstros

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.



Onde Vivem os Monstros (Where the Wild Things Are, 2009)

Estreia Oficial: 13 de outubro de 2009
Estreia no Brasil: 15 de janeiro de 2010
IMDb


Esse é um daqueles filmes que tem que ser lido nas entrelinhas. Assim como seus personagens - os Monstros - as coisas são mais do que aparentam ser. E, se você conseguir enxergar além do seu exterior, verá um filme emocionante e muito sensível.

A história, à primeira vista, é bastante simples: um garoto rebelde, Max (Max Records), que depois de uma briga com a mãe (Catherine Keener), sai correndo de casa e vai parar em um mundo de fantasias, habitado por monstros que, assim como ele, são temperamentais e gostam de destruir as coisas. Max acaba sendo escolhido o rei dos Monstros, e parece que, finalmente, ele encontrou o seu lar. Mas como eu falei, as coisas não são tão simples assim. Por trás dessa história infantil, Spike Jonze (de "Quero Ser John Malkovich" - 1999 e "Adaptação" - 2002) fala sobre solidão, o valor da amizade (e sobre a perda desta), de responsabilidades e da perda da inocência infantil. E faz isso com maestria. Em poucos minutos de projeção, já ficamos conhecendo Max e sua família, e o diretor consegue fazer com que nos identifiquemos com aquelas pessoas.

Quando Max vai para o mundo dos Monstros, fica claro que cada um deles representa um pouco do próprio menino. Claro que Carol (voz de James Gandolfini) é, nitidamente, o seu alter-ego, mas Max aprende com cada um deles um pouco, e é através dessa convivência e aprendizado que vai entendendo mais da sua própria vida e família.

O filme tem um ar melancólico, nostálgico, e a concepção dos monstros (lembrando muito "A História Sem Fim", de 1984) e a utilização de bonecos em vez de computação gráfica ajuda bastante nisso. E os monstros são, sem dúvida, o melhor do filme: na verdade são crianças em forma de monstros. O aspecto (à primeira vista) assustador e o comportamento destrutivo que apresentam não fazem jus ao grande coração que, aos poucos, todos demonstram possuir.

Junte-se a tudo isso a direção segura (e meio non-sense) de Spike Jonze, diálogos acertadíssimos, a direção de arte e fotografia belíssimas, e uma trilha sonora comovente, e estamos diante de um filme tocante, que nos faz encarar os monstros que vivem dentro de cada um de nós, mas acima de tudo, nos mostra o valor da verdadeira amizade.

Fica a dica!


por Melissa Lipinski
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Inicialmente vemos um menino endiabrado, que aparentemente ninguém controla e que também sofre por não ter a atenção da mãe e da irmã.

Mas quando o menino vai para o incrível mundo onde estão aquelas criaturas gigantes, que inicialmente provocam medo, mas que com o tempo percebemos quão dóceis e ferozes podem ser. Um mundo idealizado pela criança, onde após fazer um "montinho" todos dormem juntos. Mas com o desenrolar da história, o menino tem que ajudá-los a resolver problemas de entendimento entre o grupo. Aprendendo a lidar com o problema dos outros e obviamente voltando pra casa diferente.

Gostei da narrativa, da forma de contar, dos bonecos não serem totalmente digitais. E definitivamente adorei a cena do monstro pássaro perdendo o braço. Curti bastante.


por Oscar R. Júnior