ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.
GasLand (2010)
Estreia oficial: 17 de janeiro de 2011
Estreia no Brasil: sem data prevista
IMDb
É assustadora a situação da água potável de alguns estados estadunidenses mostrada por Josh Fox em "Gasland". No documentário, Fox cruza os EUA atrás de situações semelhantes: casas onde a a água foi contaminada pela perfuração e extração de gás natural.
E o resultado, como falei, é aterrorizante: desde águas marrons, barrentas, com partículas, gosto metálico, até água inflamável. Isso mesmo. Água inflamável. Devido à grande quantidade de produtos químicos utilizados na extração do gás natural, a água chega ao cúmulo de pegar fogo!
E é interessante ver como várias pessoas tiveram suas "bocas caladas" por generosas indenizações. Ou como o governo 'yankee' é tão corrupto como o nosso 'tupiniquim', e sempre coloca 'panos quentes' para abafar um problema ambiental e de saúde gigantesco. E mais uma vez é a população quem paga o pato, já que, absurdamente, tem que provar que está certa com relação ao que diz, enquanto as grandes corporações não precisam provar que suas ações não são nocivas. Inversão de valores.
Porém, o documentário acaba perdendo um pouco de seu impacto graças ao seu ritmo maçante e sua estrutura repetitiva. Se as imagens que vemos são impressionantes e os depoimentos revoltantes, eles perdem sua força depois que se repetem três, quatro, cinco vezes na tela. O filme torna-se cansativo.
Porém, vale pela mensagem e teor de denúncia do filme. E também entra para o rol de documentários que mostram que os EUA está longe de ser a maravilha que muitos pensam, o sonho de consumo idealizado por tantos mundo afora.
por Melissa Lipinski
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O começo do documentário é muito interessante pelo fato que ele apresenta instalações de "poços" de extração de gás natural e que poluem a água de toda a população do entorno. Até ai é legal, a denúncia e tals. Mas ele fica quase todo o tempo citando mais e mais exemplos de problemas gerados por esse tipo de instalação.
Obviamente, depois de mais de uma hora de fatos e constatações, o filme fica completamente maçante. E com um final fraco, faz com que o filme não tenha mais valor que uma grande reportagem sobre o assunto.
Resumindo: assunto extraordinariamente interessante mas a abordagem e a edição do documentário foram fracas e sonolentas.
por Oscar R. Júnior
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