quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A Menina Que Brincava Com Fogo

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Menina Que Brincava Com Fogo, A (Flickan som Lekte Med Elden, 2009)

Estreia oficial: 18 de setembro de 2009
Estreia no Brasil: sem previsão ainda
IMDb



Essa sequência de "Os Homens Que Não Amavam as Mulheres", e também adaptação de um livro homônimo de Stieg Larsson, o segundo da trilogia "Millenniun", não tem o mesmo impacto do primeiro filme. Talvez por ter menos tempo em tela da sua protagonista, Lisbeth Salander (Noomi Rapace), e mais de Mikael Blomkvist (Michael Nyqvist), um personagem que não é tão interessante como sua (anti-)heroína.

A história traz mais reviravoltas, e mostra, agora, o passado de Lisbeth. Por mais que a história seja interessante, pois enfim nos é mostrado quem realmante é essa intrigante personagem, o diretor Daniel Alfredson não soube aproveitar bem o roteiro que tinha em mãos, deixando a trama com um ritmo lento e com seus momentos de maior suspense e seu ápice final mal utilizados.

Novamente é Noomi Rapace quem leva o filme nas costas, e, nos momentos em que sua personagem entra em cena, o filme ganha. Ganha em ritmo, ganha em atuação e ganha em complexidade, e o espectador ganha interesse pelo que está assistindo. Já Nyqvist encarna Mikael Blomkvist com menos expressão do que no primeiro filme, e, como é ele quem domina o tempo na tela, o filme tem momentos bastante enfadonhos. Já o grande vilão da história Zalachencko (Georgi Staykov) é relegado a um papel caricato, perdendo toda a complexidade que apresenta no livro de Larsson.

A opção do roteirista jonas Frykberg em diminuir a quantidade de personagens secundários foi acertada, porém a adaptação de algumas passagens simplesmente não funciona, pois soa forçada demais e inverossímel, o que no livro não acontecia por ter mais tempo para explicar e desenvolver as situações. No filme acontece tudo rápido e fácil demais, o que o enfraquece um pouco.

Finalmente, o final do filme perde em impacto para o final do livro. Não que haja muitas diferenças, na essência ocorre a mesma coisa, mas os tempos são diferentes, o que deixa o filme bem mais arrastado e menos impactante.

Enfim, o filme funciona em vários pontos. Mas, infelizemnte, não soube ser tão eletrizante quanto poderia. E, se há algum diferencial nele, continua sendo Lisbeth Salander, ou melhor, a ótima atuação de Noomi Rapace.


por Melissa Lipinski

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Esta é, obviamente, a continuação da "saga" de Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist. Neste segundo filme o trato com as personagens continua o mesmo do primeiro. A personagem de Salander é muito mais interessante que a de Mikael, assim como sua atuação.

Quanto ao roteiro, senti que certos momentos foram muito suprimidos como o que Salander é enterrada viva. Ela simplesmente aparece atirando depois. Sem dar uma devida atenção ao fato de que boa parte dos espectadores pensa que ela morreu e ao menos quer saber como ela escapa. Ou o tal Alexander Zalachenko que mal é introduzido na história e já nos é revelado o parentesco dele.

Por fim é isso. Gostei. Não tanto quando o outro, mas gostei e continuo recomendando.


por Oscar R. Júnior


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