domingo, 23 de janeiro de 2011

Amor e Outras Drogas

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Amor e Outras Drogas (Love and Other Drugs, 2010)

Estreia oficial: 24 de novembro de 2010
Estreia no Brasil: 28 de janeiro de 2011
IMDb



"Amor e Outras Drogas" pode não ser uma revolução cinematográfica e emprega a velha cartilha de filmes de amor: garoto encontra garota, os dois se apaixonam, ambos têm um problema/obstáculo que devem superar antes de ficarem juntos, obstáculos superados, eles estão prontos para se entregarem ao amor. Clichês existem, e isso é fato. O uso deles é quase que inevitável. Porém a sua utilização com criatividade e delicadeza não incomoda. E é o que vemos aqui. O longa dirigido por Edward Zwick é sim repleto de clichês do gênero, mas de uma forma que não chamam a atenção sobre si mesmos e nem atrapalham o andar da narrativa.

Mas, apesar de não trazer nada de novo, o grande charme da produção está em seus protagonistas e na química entre eles. Jake Gyllenhaal e Anne Hathaway fazem um casal e tanto, e conquistam já em suas primeiras aparições. Os dois estão muito bem (e lindos também) e constroem personagens tridimensionais, com os quais logo nos afeiçoamos e passamos a nos identificar.

Mas "Amor e Outras Drogas" fala sobre comércio e ambição, porque, afinal de contas, a vida é baseada nisso, mas logo, obviamente, se converte em uma história de amor, porque a vida também é baseada nisso. Assim, o amor torna-se o grande desafio de Jamie (Gyllenhaal) e Maggie (Hathaway), e, a cada novo momento do filme, vamos acreditando realmente que vale a pena se apaixonar por alguém… ou pelo menos por Jake ou por Anne.

E dessa forma, o filme fala de amor acima de tudo, tocando em seu percurso em alguns assuntos mais sérios, como o lobby das indústrias farmacêuticas e, sobretudo, o Mal de Parkinson. E a cena em que Maggie vai a uma convenção de portadores desse mal, é uma das mais impactantes do longa.

Finalizando, a ótima trilha musical pontua o filme com boas músicas dos anos 90.

Enfim, uma boa história de amor cujos protagonistas são apaixonantes. Como não se deixar levar?

Fica a dica!


por Melissa Lipinski

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Como é bom ser surpreendido com ótimas atuações, bons diálogos e boa história. Vou começar com um retrospecto do diretor Edward Zwick. Na minha opinião ele foi melhorando o modo de dirigir. Já fez "Tempo de Glória" (Glory - 1989), "Lendas da Paixão "(Legends of the Fall - 1994), passando por "O Último Samurai" (The Last Samurai - 2003), sendo que não gostei muito desses. Agora chegamos aos que gostei como o "Diamante de Sangue" (Blood Diamond - 2006) e o "Um Ato de Liberdade" (Defiance - 2008). Quem já assistiu a esses filmes percebe uma clara e boa evolução. Esses dois últimos eu recomendo bastante.

O elenco. O casal principal está numa sintonia incrível. Jake Gyllennhaal está muito bem mas quem rouba a cena é a Anne Hathaway. Ela está incrivelmente bonita no filme, consegue ser engraçada, sarcástica e ainda assim impressionar e arrancar umas lágrimas nos momentos em que a doença da personagem se manifesta. Junte a isso excelentes participações de Oliver Platt e Hank Azaria. Muito boas.

O roteiro é bem construído, por mesmo sendo uma comédia romântica consegue ser sensível o bastante para tratar de uma forma incrível o Mal de Parkinson, que a personagem de Hathaway sofre. Conseguem lidar com isso sem apelar. Isso foi bom até porque o filme tem alguns clichês mas foram bem usados.

Por hora é isso. Recomendo.


por Oscar R. Júnior


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