sábado, 15 de janeiro de 2011

Além da Vida

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Além da Vida (Hereafter, 2010)

Estreia Oficial: 22 de outubro de 2010
Estreia no Brasil: 7 de janeiro de 2011

IMDb



Próximo de completar 82 anos, e com 31 longas no seu currículo como diretor, Clint Eastwood chega à atualidade como um dos maiores (e melhores) diretores contemporâneos. Nesse seu novo longa, "Além da Vida", Eastwood, entretanto, escorrega um pouco. Não que o filme seja ruim. Lançado em meio 'à moda' de filmes espíritas do Brasil, a produção de Eastwood ao menos ganha pontos por não ser doutrinária, não pregar o espiritsmo como verdade incontestável, como fez "
Nosso Lar" e o próprio "Chico Xavier" (ambos de 2010).

O filme é mais um drama do que um filme sobre o espiritismo propriamente dito, que entra apenas como um elo entre as tramas dos diferentes personagens. Matt Damon é George Lonegan, um médium de verdade, que encara seu 'dom' como um peso, preferindo não utilizá-lo. Cécile de France é Marie LeLay, uma jornalista francesa que, após passar por uma experiência de morte (ou quase morte) sobrevivendo a uma tsunami na Tailândia, tem sua vida transformada. E, os gêmeos Frankie e George McLaren dão vida a Marcus, um garoto inglês introspectivo que perde seu irmão gêmeo em um trágico acidente.

Infelizmente o roteiro é previsível e, desde o seu início, sabemos que a trajetória dessas três pessoas irão se interligar. Além das situações, também são clichês as cenas do 'além' vistas por Marie, com seus vultos no contra-luz, que aparecem mais do que deveriam. Somando a isso, a trilha musical (composta pelo prórpio Clint Eastwood) soa melodramática e reiterativa.

Porém, Clint Eastwood, como falei, vem se tornando um dos maiores diretores da atualidade, e dá tempo aos seus atores em belíssimos e longos planos. O que é sempre bem-vindo em tempos de cortes excessivos e ritmos acelerados convulsantes. Entretanto, o diretor perde-se um pouco e, por vezes, o ritmo do filme torna-se lento demais. Não apenas as cenas são longas, mas o seu ritmo interno, em alguns momentos, foi determinado de forma errônea, assim, parece que nada acontece por minutos do filme. Mas, Eastwood compensa esses momentos com outros de enorme beleza, tanto em seus enquadramentos como em seus elegantes movimentos de câmera.

Enfim, "Além da Vida" peca por não arrebatar o espectador e por ser lento demais. Porém, de maneira nenhuma, é um desmérito na carreira de Clint Eastwood, apenas um momento menos inspirado, eu diria.


por Melissa Lipinski

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Foi com grande expectativa que fui assistir a este filme do Clint Eastwood. Não foi o que eu esperava. Por vários motivos obviamente, mas penso que o principal foi que o filme não me chamou a atenção nem contribuiu com nada.

O elenco em geral é bom e está bem no filme, mas achei as personagens meio sem motivações. E apesar de ter cenas de maior ação, o filme é bem arrastado.

Por fim preciso falar que o gráfico da cena do Tsunami é fraco. Dava para perceber que era computação gráfica. Achei tosco.

É isso.


por Oscar
R. Júnior


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