segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Lua Nova

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Lua Nova (New Moon, 2009)

Estreia Oficial: 16 de novembro de 2009
Estreia no Brasil: 20 de novembro de 2009

IMDb



Assisti a "Crepúsculo" e não gostei nenhum pouco... Aliás, não consegui enxergar nada de positivo na obra de Stephenie Meyer... Não consigo ver a razão de tanto estardalhaço em torno de seus livros... A história é realmente ruim!

Mesmo assim, me obriguei a assistir a essa continuação, "Lua Nova", até para ver se mudava de opinião... Não mudei! Pelo contrário, continuo achando que Meyer tirou toda a sensualidade dos vampiros (já que esses são seres 'sexualizados' por natureza), e não consigo enxergar motivos para tanto frisson em volta de protagonistas insossos e emos...

Mas, falando do filme em si... As atuações continuam fracas... Kristen Stewart tem o mesmo carisma de uma lesma morta... Robert Pattinson continua com a mesma inexpressividade do primeiro filme, fazendo cara de nojo para tudo... Já Taylor Lautner possui um diferencial do visto em "Crepúsculo"... músculos... e só! Porque quanto à atuação, é sofrível! E é irritante o fato do personagem estar sempre sem camisa.

O roteiro não preciso nem comentar... uma sucessão de clichês e situações forçadas e água-com-açúcar, capazes de causar dores de barriga na mais romântica das adolescentes... E os diálogos? Que 'maravilha' (notem o cinismo!)! Coisas do tipo "A única coisa que me impede de me matar é você"... ou "Vocé é a razão de eu permanecer vivo"... ou ainda, "Você já me deu tudo só pelo fato de existir"... Meloso?!? Nãããããão (notem o cinismo novmente!)... E esse tipo de diálogo aparece no filme todo... Há uma cena inclusive, onde umas 5 ou 6 frases desse quilate vem uma atrás da outra! É realmente insuportável! E ver o vampiro-protagonista declamando "Romeu e Julieta", de Shakespeare, é desastroso - não só pela pífia atuação do ator, mas sendo um ultraje a esta grande história de amor, já que Edward e Bella não chegam aos pés dos apaixonados criados pelo bardo inglês.

Não bastasse toda a obviedade da trama, há ainda um subtexto super-conservador sobre virgindade e manter-se puro que não faz o menor sentido nos dias de hoje. Muito menos quando se trata de vampiros!

Para piorar, os efeitos visuais - que já eram ruins no primeiro filme - continuam fracos, ainda que sejam um pouco melhores. E a maquiagem dos vampiros chega a ser tosca, de tão ruim.

Pra não falar apenas mal, a uma estrela aí de cima vai pra sequência em que aparecem Michael Sheen e Dakota Fanning. Mudando o tom que o filme leva até o momento em que eles aparecem (que é de dor de barriga!), essa sequência consegue se destacar, não por ser uma maravilha, mas por conseguir elevar - um pouco - o nível do longa, já que oferece, além de uma boa cena de briga, uma perspectiva mais interessante do universo desses vampiros - pena que a cena dure apenas uns 5 minutos, pois são, sem sombra de dúvida, os melhores do filme.

Para terminar, tenho que falar que acho ridículo a pele purpurinada desses vampiros sem-graça. Só não é pior do que Stephenie Meyer fez com os lobisomens: estes não transformam-se em lobo na presença da lua cheia, mas sim quando ficam nervosos... é frustrante! A autora conseguiu tirar todo o charme dessas criaturas fantásticas!

Não vejo a hora de assistir a "Eclipse"! (olha o cinismo, de novo!)


por Melissa Lipinski
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Dei mais uma chance para essa "saga" e assisti ao Lua Nova. No fim não me decepcionei porque não esperava nada. Nada mesmo.

História mal construída, diálogos horríveis, situações esdrúxulas, garoto que passa mal assistindo a filme de ação, e o outro que não perde a chance de mostrar o peitoral... O filme é cheio disso.

Só faço uma ressalva. A cena com o Michael Sheen foi a única que vale a pena. Ele é convincente e a luta de Edward (Robert Pattinson) com outros vampiros é interessante.

É isso, não recomendo.


por Oscar R. Júnior




quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Meu Malvado Favorito

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Meu Malvado Favorito (Despicable Me, 2010)

Estreia Oficial: 8 de julho de 2010
Estreia no Brasil: 6 de agosto de 2010
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“Meu Malvado Favorito” não passa de uma sequência de clichês... Um atrás do outro... clichê de filmes de comédia... clichê de filmes de drama... É clichê que não acaba mais...

Os personagens são superficiais, o roteiro igualmente raso... as piadas são sem graça (pois não há nada novo)... Um vilão totalmente fajuto e caricato... Enfim... não consigo ver nada que faça o filme valer a pena... Até os Homenzinhos amarelos, ajudantes do protagonista, colocados no roteiro para serem engraçados, falham em sua tarefa... É desanimador! A única que conseguiu arrancar risos de mim foi a pequenina Agnes, com seu barulho irritante e suas demonstrações de carinho à la Felícia (do Looney Tunes).

Desanimador porque o desenho tinha potencial... Há indícios de boas piadas... mas todas são deixadas 'no vácuo'... quando você acha que um bom momento está tomando forma, ele logo é desperdiçado pelos roteiristas... dessa forma, boas piadas são perdidas, como a clara referência ao “Poderoso Chefão” e sua tão famosa cena da cabeça de cavalo na cama - a cena é mal construída e não tem timing (aliás, toda a produção sofre com esse mal), e quando você entende o que eles queriam dizer, já é tarde demais, e já perdeu a graça...

Enfim, não consegui rir um momento sequer - alguns sorrisinho, é verdade, mas nenhuma risada mesmo - e isso é preocupante em uma animação que se propõe, principalmente, a divertir...

Para piorar, a dublagem em português é horrível!


por Melissa Lipinski
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O que achei melhor do "Meu Malvado Favorito" foi o teaser. O trailer é legal, mas contém 90% das cenas engraçadas do filme. Resta, para o filme em si, um monte de piadas clichês e mal construídas.

Roteiro e personagens mal feitos, situações previsíveis, no fim é um filme feito somente para crianças. Somente.

Fico por aqui.


por Oscar R. Júnior


domingo, 22 de agosto de 2010

A Origem

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Origem, A (Inception, 2010)

Estreia Oficial: 13 de julho de 2010
Estreia no Brasil: 6 de agosto de 2010
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A primeira coisa que pensei quando acabei de ver “A Origem” foi: “Uau... Tenho que ver esse filme de novo!”. E foi o que eu fiz assim que tive chance... E, toda vez que paro pra pensar a respeito dele, me dá vontade de assisti-lo mais uma vez. Sim, esse filme é incrível! Sim, fiquei tão hipnotizada pela história que, por mais que tentasse me manter distante e com um olhar crítico, era sugada para dentro dela, ficando difícil analisar tudo com um olhar “de fora”. Mas, vamos lá, vou tentar.

Não vou me ater às pouquíssimas coisas que não concordo do filme (são tão poucas e irrelevantes que não valem a pena), pois desde que começamos este blog, é o primeiro filme para o qual 5 estrelas são pouco para classificá-lo. É incrível (já falei isso, né?).

O roteiro espetacular... as ótimas atuações... a direção centrada de Christopher Nolan (um diretor que a cada novo filme me deixa mais sua fã)... a edição precisa de Lee Smith... a arte... a fotografia acertada... enfim, o longa é uma conjunção de fatores que o tornam, sem dúvida nenhuma, o melhor filme deste ano de 2010. E acho difícil um filme chegar à sua altura. Aliás, há tempos não me impressionava tanto com um filme... e ele já está, certamente, na minha lista de favoritos.

Mas vou discorrer um pouco mais sobre a história e do que eu gostei.

As atuações são todas irretocáveis. Leonardo DiCaprio está cada vez melhor em cena (quem me conhece sabe que sempre fui uma defensora deste ator, gosto dele desde que o vi em “Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador”, e, apesar de algumas escorregadas em sua carreira, como “Titanic”, “A Praia” e “O Homem da Máscara de Ferro”, acho que ele tem uma carreira consistente, com ótimas atuações). Ken Watanabe, Tom Hardy, Cillian Murphy, Ellen Page e Tom Berenger estão muito bem. Michael Caine é sempre competentíssimo. Marion Cottilard rouba as cenas em que aparece, conseguindo ir de um extremo - de doçura - ao outro - psicótica - em poucos segundos. Mas para mim, é Joseph Gordon-Levitt o melhor ator do filme, conseguindo transparecer a sua importância para todo o esquema da trama desde sua primeira aparição – e gosto mais dele a cada novo trabalho seu.

A história é sim um pouco complicada, mas não é todo esse emaranhado que a mídia vinha alardeando. É completamente compreensível. Claro que o filme é cheio de sacadas, e, a cada vez que você assistir ao filme, tenho certeza que alguma coisa a mais vai ficar mais clara. Mas Christopher Nolan amarra todas as pontas de seu roteiro, dando dicas aqui e ali do que está acontecendo, e explicando a história à medida do necessário, e o que é mais incrível – sem subestimar a inteligência do espectador.

Aqui abro um parênteses para falar que a personagem de Ellen Page (Ariadne) serve não só como aquela aprendiz que ali está colocada pra fazer as vezes do espectador, e os outros personagens terem que explicar tudo o que acontece para ela. Sim, isso acontece – caso contrário, seria muito difícil conseguir acompanhar o raciocínio do filme. Mas ela não está ali só para isso, e se torna uma peça fundamental em todo o esquema armado na trama, já que é ela a única que tem consciência de tudo que é arquitetado pelo personagem de DiCaprio. E além do mais, o nome da personagem não foi dado à toa, pois assim como na Mitologia Grega (Ariadne foi quem entregou o barbante para Perseu não se perder no labirinto do Minotauro), é ela a responsável por trazer todos de volta à realidade, saindo do labirinto por ela criado.

Já falei da genialidade do roteiro? É incrível (já nem sei quantas vezes usei essa palavra...) como Nolan consegue fazer um filme se encaixar em tantos gêneros: é ficção, é ação, é filme de equipe, é drama... Todos magistralmente orquestrados na medida certa. Os efeitos especiais (que por sinal são ótimos!) estão ali para ajudar a contar a história, e não para mostrar o quão avançada é a tecnologia, como faz Roland Emmerich em seus filmes... A cena em que Leonardo DiCaprio leva Ellen Page pela primeira vez para dentro de seu sonho é de cair o queixo, pela perfeição dos efeitos, e genialidade da ideia.

Outra coisa que me chamou a atenção no roteiro foi a forma sutil como Nolan trata de certos assuntos. Vou citar um só exemplo: como sons ou sensações externas aos nossos sonhos acabam incorporando-se a eles para evitar que despertemos. E ele utiliza-se dessa informação várias vezes no decorrer da história, como a música que toca em uma camada de sonho e é ouvida em outra; ou o fato de estar chovendo no sonho de um personagem que estava com a bexiga cheia; ou ainda o solavanco de uma van em uma camada de sonho alterar a gravidade em outra (o que gera uma das cenas mais espetaculares do filme).

Mas não poderia acabar de escrever sem mencionar o que talvez mais tenha me emocionado quando assisti ao filme: a sua edição perfeita. É impressionante como Nolan e seu colaborador habitual, Lee Smith, conseguem manter a tensão tendo várias camadas de realidades com ações distintas. E eles conseguem. No ápice dramático do filme, há uma edição paralela de cinco “realidades” acontecendo simultaneamente, e a impressão que tive, é que naqueles minutos que estava ali vendo tudo aquilo, parei de respirar, tamanha era a tensão mantida no ar. A cena que “resolve” todo o plano do filme é de uma beleza estética que emociona (não pelo seu apelo dramático), mas pela sua brilhante orquestração técnica – tudo culmina de uma maneira belíssima: fotografia, trilha musical e edição. Para quem gosta de cinema, não há como não se emocionar.

Já que citei a trilha musical... há tempos não via um trabalho tão bom de Hans Zimmer. É verdade que ele é sempre competente, mas aqui, a trilha é sublime.

Enfim, não tenho mais elogios ao filme...

Fica a dica! Assistam várias vezes...


por Melissa Lipinski
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Já de cara, a trilha musical do filme te joga pra dentro dele.

No início da história já fiquei concentrado para entender tudo o que estava passando. Conforme a história vai sendo contada, vamos entrando mais e mais da mesma, e por mais complexa que ela possa ser, o roteirista e diretor Christopher Nolan é muito eficiente. Cada personagem é muito bem construído e muito bem interpretado.

Quanto às interpretações, têm destaque o Leonardo DiCaprio e a Marion Cotillard. Eles estão muito bem. Os outros também estão muito bem.

A montagem do filme é incrível, nos segura de tal forma à trama que tive a sensação de só recuperar o fôlego e voltar a respirar novamente quando os créditos começaram a subir. Como se da metade pra frente eu tivesse parado de respirar.

E, para coroar, o final nos deixa em aberto.

O peão vai cair ou não?

Definitivamente esse filme entra pro hall dos melhores filmes que já assisti.

Recomendo aos quatro ventos.


por Oscar R. Júnior


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Salt

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Salt (Salt, 2010)

Estreia Oficial: 19 de julho de 2010
Estreia no Brasil: 30 de julho de 2010

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"Salt" é como uma mistura de "Identidade Bourne" e "Nikita", porém sem a profundidade do roteiro do primeiro, e o fato de ter uma assassina fria que mata sem pensar duas vezes do segundo... Porém, o resultado final não se compara nem com a trilogia de Bourne (da qual gosto muito), nem com o filme de Luc Besson... "Salt" é muito mais superficial e caricato.

A protagonista de Angelina Jolie não consegue fazer com que o espectador identifique-se com ela, já que sempre é mostrada com uma certa superioridade... Ela é a melhor espiã, a melhor lutadora, a agente mais inteligente... Enfim, ninguém é páreo para ela, e a facilidade com que ela passa por todos os seus obstáculos faz com que o filme perca a sua força, e, inclusive, soe até um pouco cômico.

O diretor Phillip Noyce acaba agarrando-se às sequências de ação para levar o filme, o que acaba dando certo, já que o longa não passa disso: um filme de ação eficiente, com cenas bem dirigidas e coreografadas. Mas é só... não há sutilezas no roteiro... até a dúvida que envolve a personagem-título ser ou não ser uma espiã russa é logo desmascarada, e os conflitos são rasos e óbvios demais. Meu destaque fica para a cena de um assassinato que envolve uma algema... é a cena mais forte do longa.

Mas enfim, Angelina Jolie é Angelina Jolie. E a atriz convence como a super-espiã, já que seu vigor físico parece não ter fim. Da mesma forma, Noyce não se faz de rogado e parece exaltar a beleza da protagonista a todo momento, com cenas que revelam aos poucos o rosto da atriz, em toda sua beleza.

No fim, "Salt" não passa de um filme de ação eficiente, mas superficial, que tem uma protagonista que cativa mais pelo carisma da sua intérprete do que da sua personagem... Como diria meu irmão, "deixe o cérebro no armário" e curta a ação... e a beleza de Angelina, é claro!


por Melissa Lipinski

 


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Estão Todos Bem

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.


Estão Todos Bem (Everybody’s Fine, 2009)

Estreia oficial: 4 de dezembro de 2009
Estreia no Brasil: 12 de maio de 2010

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“Estão Todos Bem” conta a história de Frank Goode (Robert De Niro), que depois de ficar viúvo, parte numa viagem para conhecer melhor seus quatro filhos. E é justamente essa viagem de descobertas, encontros e desencontros que acompanhamos durante os 99 minutos do filme.

E o que Frank descobre com ou em cada um de seus filhos, não é nada que não tenhamos visto numa vida inteira assistindo a dramas hollywoodianos. Soa até previsível a história de cada um de seus rebentos...

E, se a analogia das linhas telefônicas com a falta de comunicação parece óbvia demais, o filme rende bons momentos devido às boas atuações de seu elenco. De Niro não é um excelente ator, nem está em um papel que favoreça o que sabe fazer melhor – seus tipos mafiosos ou policiais, mas dá conta do recado. Mas são os atores que interpretam seus filhos que se destacam, principalmente Sam Rockwell e Drew Barrymore.

“Estão Todos Bem” é uma refilmagem de “Estamos Todos Bem” (Stanno Tutti Bene), filme de 1990 dirigido por Giuseppe Tornatore, com Marcello Mastroianni no papel principal. Bom, não vi o filme original, mas tendo Mastroianni já é um bom sinal. Vou atrás dele...

Vale dizer que faz tempo que Hollywood recicla filmes de outras nacionalidades e os transforma, na grande maioria das vezes, em ‘dramalhões água-com-açúcar’... Claro que filmes originais também surgem a todo o momento... Mas será mesmo que todas essas refilmagens são realmente necessárias? Não seria melhor usar esses milhões de dólares para investir em produções originais? Ou dar chance a novos roteiristas, novos cineastas, trazendo sangue novo e reciclando histórias e formatos? São só coisas que fico pensando...


por Melissa Lipinski
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Comecei a assistir ao filme achando que o mesmo seria mais para comédia, mas já na apresentação percebemos que não vai ser esse o caminho. Frank Goode (Robert De Niro) tentava reunir os quatro filhos para um almoço juntos, mas no dia anterior todos desmarcaram. Assim, ficamos apreensivos com a carência e abandono que se encontra esse pai. Ele decide, então, viajar e visitar cada um nas cidades em que moram. O filme parte aí para um road movie. A história vai nos envolvendo com essa saga e vai deixando pistas que, no desfecho, revelam que o filme é muito bem construído.

A atuação do Robert De Niro está excelente, segura bem o filme todo. O restante do elenco está satisfatório sem nenhum destaque. 


por Oscar R. Júnior



terça-feira, 3 de agosto de 2010

Tudo Pode Dar Certo

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Tudo Pode Dar Certo (Whatever Works, 2009)


Estreia oficial: 22 de abril de 2009

Estreia no Brasil: 30 de abril de 2010
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Com este “Tudo Pode dar Certo”, Woody Allen parece voltar ao humor que tanto deu certo no início de sua carreira, com suas neuroses e pessimismo à flor da pele. Porém aqui, não é Allen quem interpreta o personagem principal, e sim Larry David. E eu diria que foi uma escolha acertada do diretor, já que David, protagonista da série “Curb Your Enthusiasm”, encarna o tão conhecido papel que na maioria das vezes cabe ao próprio Allen, com o mesmo cinismo, pessimismo, hipocondria, porém com mais agressividade. O que soa como um casamento perfeito com o personagem.

E, se de cara comecei falando do protagonista do filme, é porque, como todo bom filme de Woody Allen, este é mais um centrado em seus personagens. E não é só Larry David quem encarna Boris com maestria. Evan Rachel Woods interpreta Melody com a mesma doçura que seu nome sugere, e fica fácil para o espectador simpatizar com a garota. Melody entra em cena para trazer um pouco de leveza à trama – ou à vida de Boris, mas para nossa alegria (como espectadores) não é ela quem comove o sisudo e genial rabugento; mas sim ele quem transforma-a numa ‘pequena Woody Allen’, já que a menina acaba repetindo todos os questionamentos e lamentos que o pessimista Boris fala, mesmo sem compreender plenamente o que eles querem dizer. E assim, Woody Allen consegue fazer graça de suas próprias lamentações, neuras e esquisitices.

O elenco ainda traz Patricia Clarkson e Ed Begley Jr. simplesmente irrepreensíveis como os pais católicos e conservadores da garota.

Há um grande ponto positivo na narrativa que gostaria de ressaltar. Não é raro na filmografia de Woody Allen ter um personagem-narrador, que conduz a história. Neste filme também Boris desempenha este papel, só que aqui, ele quebra a chamada quarta parede - a que separa a história do espectador - e dirige-se diretamente ao público, anunciando o que está por vir, ou comentando sobre determinadas situações. Isto funciona perfeitamente bem, já que Boris anuncia-se a todo momento como um quase gênio, como se apenas ele tivesse consciência total dos acontecimentos. Dessa forma, parece realmente que ele fala com propriedade, já que, quando conversa com os espectadores, os demais personagens o interrogam com quem ele fala ou se está falando sozinho. Ou seja, ele relamente tem consciência de que está num filme. E esta estratégia narrativa de Allen funciona muito bem para dar mais leveza e fluidez à história.

Bom... Certamente não é o melhor filme de Woody Allen, mas garante ótimas risadas. Espero que Allen possa continuar no mesmo ritmo de produção que mantém desde 1977, produzindo um filme por ano. Mesmo que de vez em quando dê uma escorregada aqui e ali, pode-se afirmar, sem sombra de dúvida, que o saldo é extremamente positivo e vem gerando mais filmes bons do que ruins.

Fica a dica!


por Melissa Lipinski
 
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Acho impressionante como Woody Allen, mesmo não atuando no filme,consegue inserir um personagem tão parecido com ele. Boris (Larry David) é o alter-ego dele.

O personagem principal é rancoroso, cansado da vida, chato e convencido. Mesmo assim temos uma empatia com ele. O sarcasmo dele é incrível e rende ótimas cenas cômicas.

O restante do elenco conpõe muito bem com o filme. Patricia Clarkson e Ed Begley Jr. fazem ótimas participações e Evan Rachel Wood demostra que é uma ótima atriz.


por Oscar
R. Júnior


domingo, 1 de agosto de 2010

O Amor Acontece

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Amor Acontece, O (Love Happens, 2009)

Estreia oficial: 18 de setembro de 2009
Estreia no Brasil: 5 de março de 2010

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"O Amor Acontece" é uma sucessão de clichês e situações que já estamos carecas de ver em toda e qualquer comédia romântica. Me arrisco a dizer que o diretor estreante Brandon Camp pegou o maanual do gênero e seguiu-o à risca.

Está tudo lá... Até o primeiro encontro do casal na forma de esbarrão! Dessa forma, não há muito o que falar... é só mais um desses filmes pra se ver quando você encontra-o passando na TV e não se tem mais nada para fazer... ou simplesmente não perder tempo com ele!

Para piorar, Jennifer Aniston e Aaron Eckhart não possuem química nenhuma!

Só uma coisa é notável: Jennifer Aniston está mais linda do que nunca!


por Mel
issa Lipinski