Li ontem no G1 que o clássico do suspense "Psicose", criado pelo gênio Alfred Hitchcock, está completando 50 anos de existência e, em comemoração, o filme estrelado por Janet Leigh e Anthony Perkins vai ganhar uma edição comemorativa em Blu-Ray, que será lançada em outubro.
Ainda hoje "Psicose" é considerado o expoente máximo do gênero, e sua cena clássica do chuveiro é, sem dúvida, uma das mais conhecidas da Sétima Arte.
E pensar que o filme estreou em 16 de junho de 1960 em apenas uma sala de Nova York e com críticas negativas...
O que me atrai neste fime, não é só a forma como o diretor conseguia criar tensão em suas sequências de suspense - que muitos dizem, atingiu seu ápice na cena do assassinato no chuveiro - mas, para mim, a grande sacada desta produção, é como ele consegue mudar o ponto de vista do narrador. Explico. O filme começa contando a história sob o ponto de vista de Marion Crane (Janet Leigh), e tomamos essa personagem como a protagonista. Mas, depois que ela hospeda-se no Hotel de Norman Bates (Anthony Perkins) e, principalmente depois do assassinato, vemos que o protagonista é, na verdade, o próprio Bates, e o ponto de vista narrativo passa a ser o deste personagem.
Outro ponto que me admira ainda hoje, é como Hitchcock conseguia nos apresentar seus personagens em poucos planos (outro filme que me lembro agora em que isso acontece é "Janela Indiscreta"). Norman Bates só aparece na história depois de alguns bons minutos, e, em poucos planos já ficamos sabendo quem é aquela pessoa... E, por mais esquisito e bizarro que ele possa parecer, o espectador identifica-se com ele, e voilà! Temos um protagonista!
Segue aí a famosa cena do chuveiro...
Algumas curiosidades sobre essa cena: o mestre do suspense afirmou que, para conseguir a consistência do sangue, utilizou calda de chocolate; e que, para o efeito sonoro das facadas, foi utilizada uma melancia... O corpo nu que aparece, não é da atriz Janet Leigh, mas sim de Marli Renfro, que também foi capa da revista "Playboy" - sua participação foi mantida em sigilo na época da produção do longa. Corre o boato que Janet Leigh ficou muito impressionada com a cena, e que precisou fazer terapia para poder tomar banho de chuveiro novamente!!!
Mas não é só isso. Alfred Hitchcock não queria que o público soubesse o fim da trama e, para tanto, comprou todas as edições do livro homônimo (escrito em 1959 por Robert Bloch), cujos direitos já tinha adquirido. E os trabalhadores da produção tiveram que assinar um termo que os impedia de comentar sobre o filme.
Na época de seu lançamento, Hitchcock também impediu que os espectadores entrassem depois de o filme já ter começado. Os próprios cartazes e traileres da época mostravam o diretor alertando para que o filme deveria ser visto do começo, ou não ser visto.
Enfim, uma obra inigualável! Que vale a pena ser vista e revista... várias vezes!
Fica a dica!
por Melissa Lipinski
Ainda hoje "Psicose" é considerado o expoente máximo do gênero, e sua cena clássica do chuveiro é, sem dúvida, uma das mais conhecidas da Sétima Arte.
E pensar que o filme estreou em 16 de junho de 1960 em apenas uma sala de Nova York e com críticas negativas...
O que me atrai neste fime, não é só a forma como o diretor conseguia criar tensão em suas sequências de suspense - que muitos dizem, atingiu seu ápice na cena do assassinato no chuveiro - mas, para mim, a grande sacada desta produção, é como ele consegue mudar o ponto de vista do narrador. Explico. O filme começa contando a história sob o ponto de vista de Marion Crane (Janet Leigh), e tomamos essa personagem como a protagonista. Mas, depois que ela hospeda-se no Hotel de Norman Bates (Anthony Perkins) e, principalmente depois do assassinato, vemos que o protagonista é, na verdade, o próprio Bates, e o ponto de vista narrativo passa a ser o deste personagem.
Outro ponto que me admira ainda hoje, é como Hitchcock conseguia nos apresentar seus personagens em poucos planos (outro filme que me lembro agora em que isso acontece é "Janela Indiscreta"). Norman Bates só aparece na história depois de alguns bons minutos, e, em poucos planos já ficamos sabendo quem é aquela pessoa... E, por mais esquisito e bizarro que ele possa parecer, o espectador identifica-se com ele, e voilà! Temos um protagonista!
Segue aí a famosa cena do chuveiro...
Algumas curiosidades sobre essa cena: o mestre do suspense afirmou que, para conseguir a consistência do sangue, utilizou calda de chocolate; e que, para o efeito sonoro das facadas, foi utilizada uma melancia... O corpo nu que aparece, não é da atriz Janet Leigh, mas sim de Marli Renfro, que também foi capa da revista "Playboy" - sua participação foi mantida em sigilo na época da produção do longa. Corre o boato que Janet Leigh ficou muito impressionada com a cena, e que precisou fazer terapia para poder tomar banho de chuveiro novamente!!!
Mas não é só isso. Alfred Hitchcock não queria que o público soubesse o fim da trama e, para tanto, comprou todas as edições do livro homônimo (escrito em 1959 por Robert Bloch), cujos direitos já tinha adquirido. E os trabalhadores da produção tiveram que assinar um termo que os impedia de comentar sobre o filme.
Na época de seu lançamento, Hitchcock também impediu que os espectadores entrassem depois de o filme já ter começado. Os próprios cartazes e traileres da época mostravam o diretor alertando para que o filme deveria ser visto do começo, ou não ser visto.
Enfim, uma obra inigualável! Que vale a pena ser vista e revista... várias vezes!
Fica a dica!
por Melissa Lipinski